A semana passada a minha mãe estava a dar um iogurte à Pipoca. Ao fim de umas colheradas ela lá decidiu que não queria mais e toca a deitar fora (volta e meia faz isto…).
A avó falou com ela e depois falei eu. Estava a cerca de 1,5m dela. Usei uma voz baixa, tranquila
“Isso não se faz. A mamã já te disse que não se deita a comida fora. Sujaste a camisola toda.. está sujo..”
“‘Tá xuxo…” (diz ela a olhar para a mancha)
“Pois está. Não pode ser filha. Se não queres mais dizes, mas não se faz isso.”

Ela olhava com ar atento e de sobrancelhas levantadas, ia olhando à volta, para a minha mãe, para mim.

“Percebeste filha? Não se deita comida fora, está bem?”

Nisto, ela levanta as duas mãozitas, dedos para cima e palmas viradas para mim e diz

“Mamã… calllmaaaaa… calllma mamã..” e dá meia volta.

Eu viro-me de costas também perdida de riso. A minha mãe também. Volto-me para ela de novo. Ela, que tinha dado um passo em direcção à cozinha (mais afastada de mim) vira-se de novo e diz “Espela lá mamã… espelalá!”

E siga caminho!

Já a formiguinha tem catarro! 😀
Reforço que toda a conversa foi muito tranquila, cheguei a baixar-me ao nível dos olhos dela, nada de ambiente nervoso!

Este “calma” foi ensinado pela avó. Quando ela começa a ficar mais irritada e a barafustar a avó diz-lhe sempre “Caalma.. está bem? Caaalma.. não é preciso ficar assim. Ora faz “calma” – junta os dedos e começa – Auuhmmmmm auhmmmm” (tipo meditação). E resulta. E ela normalmente usa isso quando o cão resolve ladrar à louca ou dar cabo da paciência à cadela.
“Tobia.. calma! Caallmaaa”

Foi tanta a vontade de rir quanto a surpresa do quão rápido ela está a crescer e a comunicar!!!

Nota: Não sei de quem é a imagem, se alguém me puder ajudar a indicar os devidos créditos agradeço!