Ora, como mãe minorca e fininha (para ser simpática comigo mesma e não dizer magra e a precisar de ir ao ginásio para “botar corpo”) e com a coluna tortinha, era importante para mim encontrar a melhor solução para transportar a cria, que acompanhasse a evolução do crescimento e também se adaptasse ao SuperPapá (que não é nem minorca nem fininho).
Aproveitei o tempo que estive de “molho” durante a gravidez para pesquisar qual a melhor solução.
A primeira solução que saltou à vista foi o pano / sling. Pareceu-me muito interessante, adorei a ideia de ter a Pimpolha aninhada em mim, como um casulo, bem aconchegada.
No entanto, a sua colocação exigia alguma prática, pelo que vi logo que o SuperPapá nunca iria na cantiga. Sim, poderia experimentar uma ou outra vez, mas de certeza que não seria uma solução a que ele recorreria a não ser que tivesse mesmo de ser.
Preferia pegar miúda, porque só o trabalho e tempo de o colocar, já estaria no destino e com menos esforço.
Não quero dizer que o sling não seja uma excelente opção, simplesmente não era a mais adequada para nós.
Portanto, dediquei-me à pesquisa de mochilas para carregar a miúda.
A nossa lista de requisitos:
- ser fácil e rápido de colocar e tirar
- adaptar-se facilmente a utilizadores com características diferentes
- permitir ser usado o mais cedo possível
- dar bom apoio ao pescoço e cabeça da bebé
- ter uma distribuição de peso equilibrada, sem carregar a coluna, sobretudo a parte lombar (tenho uma cifose lordose – ca raio de nome – e com crianças ao colo tenho a tendência a ficar com as costas abauladas, sobrecarregando ainda mais a zona lombar. Podem ver a que me refiro aqui).
- não ser demasiado quente
- ter os apoios dos ombros confortáveis / almofadados
Durante a minha busca para aprender o que analisar em cada um dos modelos escolhidos, encontrei o site Review Baby Carriers duma mãe de 3 crianças com estudos (entre várias coisas) de anatomia e que partilha a opinião e experiência dela com vários sistemas de transporte de bebés.
Já tinha lido em vários sites muitas opiniões positivas em relação aos marsúpios da Ergobaby e este só veio reforçar mais a minha curiosidade. Ela dá nota máxima ao modelo 360.
A escolha: mochila da Ergobaby
Reunindo tudo o que encontrei, optei pelo Ergobaby Bundle of Joy.
Basicamente consiste no modelo original + uma almofada e um redutor para os mais pequeninos.
Posso dizer-vos que é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!
A grande prova de fogo foi uma subida a um farol. Foi o pagamento de uma promessa que lhe fiz no segundo internamento (um dia destes falo-vos disso).
Há quem vá a Fátima, eu subi a um farol…
Não me recordo quantos kg ela tinha na altura, mas penso que mais de 5. Tudo pelas escadas. Cruzei-me com muita gente bastante cansada e surpreendida ao ver-nos. Comentaram algumas vezes que devia ser difícil e um bom esforço para mim.
Mas não foi, eu não o senti (e não foi por ser promessa).
De todas as vezes que utilizei, nunca senti uma dor de costas, nunca fiquei à rasca da lombar, nada. A pequenita está com cerca de 8,5kg e continuo a usá-lo. Fico cansada? Claro que fico, são mais uns quilos em cima e eu não estou propriamente em forma. No dia seguinte – dependendo de quando tempo ando com ela, claro – sinto sempre as pernas mais cansadas. Mas de resto? Nada!
Para perceberem o quão isto me surpreendeu, bastava andar um pouco com a mochila da máquina fotográfica ou até estar umas horas a andar para ficar logo com dores na lombar.
Ainda anteontem decidi ir buscar pão a pé e foi tão bom e tranquilo que me apetece ir mais vezes só porque me soube assim bem.
Eis a lista:
- É muito prático de por e tirar: coloco primeiro à cinta, pego na pequenita, coloco as alças, prendo atrás (como, nesta fase, todas as fitas estão folgadas não precisamos de ser contorcionistas para fazê-lo), puxo as fitas para ajustar e já está!
- Fácil de adaptar a diferentes pessoas, sem perder muito tempo com ajustes: basta alargar um pouco a fivela da cintura e a das costas; as alças são sempre ajustadas após a colocação da bebé
- Ela fica sempre com as pernas correctamente posicionadas (e não ao penduradas)
- É passível de ser usado a partir dos 3,2kg da criança; tem uma protecção que os mantém com a coluna e cabeça bem posicionados
- A almofada permite elevá-los, de forma a que nunca fiquem enfiados lá no fundo (quando comecei a usar ela ainda era bastante curtinha, mas mesmo assim serviu lindamente).
- Tem uma protecção para a cabecita
- Eu ainda só usei com ela virada sempre para mim, mas também dá para colocar às costas e de lado
- As tiras dos ombros são largas e forradas
- Tem uma bolsa acessível de lado e outra com um fecho (óptima para ter as chaves, dinheiro ou chupeta sempre à mão)
- Dá para usar até aos 20kg da criança (ou menos, se o corpinho da mãe não der para mais…)
De certeza que há mais coisas a destacar, mas estas são as que valorizo.
E pela quantidade de vezes que ela já lá dormiu (a última foi numa aula de dança de mamãs+babés) de certeza que ela também se sente confortável.
Outra mais valia que descobri recentemente: A pimpolha agora está numa fase em que não pára, quer andar no chão e mexer em tudo. No entanto aguento-a muito mais tempo entretida estando na mochila do que no carrinho.
Espreitem aqui o vídeo de apresentação do produto:
O preço? Não é barato, mas cada cêntimo valeu a pena. Se não me engano, rondou os 110 euros no El Corte Inglès.
Podem ver mais informações no site da Ergobaby.
Veredicto:
Embora o preço seja puxado (comparativamente com outros modelos) vale bem a pena o investimento.
Adapta-se facilmente a pessoas diferentes e ao crescimento da bebé.
É muito confortável para mim e para ela. É ergonómico, não sobrecarrega as minhas costas e ela está sempre bem posicionada.
Uma grande mais valia em todas as saídas.
5 estrelas!
Disclaimer: esta publicação resulta da minha experiência directa com o produto, sem qualquer interferência ou pedido da marca em questão.
Cris
Bom dia.
Estou a pensar adquir este modelo.
Como foi a experiência no Verão?A mochila e o adaptador não se tornam muito quentes para o bebê e pais?
Obrigada
aidemae
Olá Cris!
Desculpe só responder agora, mas o seu comentário ficou perdido no meio do spam :/
O tecido é bastante respirável. Com o redutor acaba por ficar mais quente, mas não tenho memória de a ter sentido demasiado quente. Acho que o maior calor é mesmo o do nosso corpo, mas quando são pequeninos não é tão problemático (ou não os incomoda tanto).